Relação entre o governo e a FIFA pioram e Planalto vê nas críticas de Valcke uma tentativa de proteção a Teixeira

Tensão total – A polêmica evolvendo o secretário-geral da FFIA, Jérôme Valcke, e representantes do governo brasileiro parece não ter fim e agora seguiu o caminho das ilações de pessoas que querem ver a situação ainda pior.

A mais recente avaliação do problema dá conta que as críticas de Valcke tiveram o objetivo de não apenas culpar o governo brasileiro pelo atraso nas obras da Copa do Mundo, mas de proteger Ricardo Teixeira, presidente da CBF, que nos próximos dias pode definir o seu futuro, depois de reunião com cartolas que garantiram sua permanência à frente da entidade.

De acordo com pessoas que não integram o grupo de Valcke, o objetivo do secretário da FIFA foi mostrar ao mundo a ineficiência do governo brasileiro. Na verdade, se Jérôme Valcke se preocupou com isso, perdeu tempo, pois trata-se de algo que o mundo passou a conhecer desde a chegada de Lula da Silva ao poder central. Desde então, o Brasil passou a viver à sombra de uma bolha de virtuosismo que está prestes a estourar.

Com tantos assuntos sérios dependendo de decisão oficial, o palácio do Planalto agora se dedica a sufocar Valcke dentro da própria FIFA, pois o executivo do futebol mundial é ligado a Ricardo Teixeira, com quem a presidente Dilma Rousseff não mantém boas relações. Essa queda de braços deve durar mais alguns dias, até o ex-presidente Lula sair do hospital e começar a operar nos bastidores. Até porque, o ex-metalúrgico é amigo de Ricardo Teixeira e mantém boas relações com o suíço Joseph Blatter, presidente da FIFA.

Do contrário, a tendência é a tensão entre o governo brasileiro e a FIFA piorar, podendo o País, inclusive, perder o direito de realizar a Copa de 2014, o que seria um alívio enorme para o bolso dos sempre massacrados contribuintes.