Tudo pela beleza – Quem sempre invejou os lábios carnudos da Angelie Jolie, mas nunca teve coragem de injetar a toxina botulínica agora terá uma alternativa. Foi no veneno da abelha que um pesquisador do interior de São Paulo encontrou a fórmula da beleza.
O princípio ativo do cosmético é a melitina, um aminoácido presente no veneno da abelha que funciona como um botox natural. A descoberta foi feita por um laboratório de Tatuí que aproveitou para desenvolver uma linha de cremes de beleza, tendo como base esta substância presente nas espécies de abelhas produtoras de mel.
A pele reage ao produto aumentando a produção de colágeno e melhorando a elasticidade, ou seja, o efeito é similar a uma injeção de botox. Segundo o pesquisador e apicultor Ciro Protta, a substância “engana” a pele e transmite a mesma sensação de uma picada de abelha. Consequentemente, o organismo desencadeia uma reação ao veneno.
Há mais de 20 anos o pesquisador realiza estudos sobre abelhas. Durante este tempo desenvolveu outros produtos à base de mel, própolis e veneno, sendo que todos foram lançados comercialmente.
Protta obtém o veneno através de um equipamento que permite a coleta do veneno sem matar as abelhas. O aparelho é uma haste metálica energizada que é colocada na entrada da colmeia. Assim que a abelha pousa, leva um pequeno choque e reage com ferroadas. Desta forma, expele o veneno, que é posto em um recipiente, e não perde o ferrão. Ele mesmo criou o aparelho e patenteou-o.
O pesquisador afirma que o cosmético melhora a circulação sanguínea e elimina peles mortas, desta forma as rugas diminuem. O produto, aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), já foi lançado comercialmente.
Outro produto derivado do veneno da abelha é a apitoxina, que recentemente deixou de ser comercializada no País. Conhecida mundialmente como um potente antiinflamatório, a apitoxina, se utilizada em doses que pequenas para evitar a intoxicação, alivia inflamações decorrentes de tendinite e bursite, por exemplo. Com o fim da produção de pomadas à base da apitoxina, a importação do produto passou a ser a saída. (Com informações do Ciclo Vivo e do Globo Rural)