Ausência de José Maria Marin na reunião entre Dilma e Blatter mostra o desejo do Planalto de ingerir na CBF

Fritura a caminho – No encontro de Dilma Rousseff com o presidente da FIFA, Joseph Blatter, nesta sexta-feira (16), não passou de uma conversa de comadres, na qual o governo brasileiro prometeu aquilo que não sabe se poderá ser cumprido. A promessa trata da liberação da venda de bebidas alcoólicas nos estádios durante a Copa, imposição aceita pelo Brasil e que não há garantia de aprovação no Congresso Nacional, como já antecipou o ucho.info.

Do encontro, que aconteceu no Palácio do Planalto, em Brasília, participaram também o ministro Aldo Rebelo (Esporte); o ex-jogador Ronaldo Nazário de Lima, executivo do Comitê Organizador Local (COL); e o embaixador do Brasil para a Copa, Edson Arantes do Nascimento, o Pelé. A ausência do presidente da CBF, José Maria Marin, causou surpresa aos que há anos acompanham o futebol e a política do País.

Substituto de Ricardo Teixeira no comando da CBF, Marin nem sequer foi convidado para a reunião, que teve com objetivo acalmar os ânimos, que se exaltaram depois da troca de acusações entre representantes do governo brasileiro e o secretário-geral da FIFA, Jérôme Valcke, que disse que o Brasil precisa de um “chute no traseiro” para cumprir o cronograma das obras da Copa.

Tão logo José Maria Marin foi anunciado como presidente da CBF, este site não demorou a afirmar que o Palácio do Planalto já trabalhava nos bastidores para derrubar o novo dirigente da entidade futebolística. Muitos foram os que se mostraram surpresos, mas o desejo do governo é ter na presidência da CBF alguém de confiança dos palacianos.

Marin que se cuide, pois em outubro passado, quando Dilma esteve com Jérôme Valcke, na Bélgica, o secretário da FIFA pediu à presidente para que indicasse o sucessor de Teixeira. Na ocasião, Dilma respondeu: “Este é um problema privado, não público. Vocês se resolvam entre vocês”.