Preço do toucinho mostra que Dieese está correto ao colocar nas alturas o salário mínimo ideal

Sabor amargo – Nos tempos de oposição, o PT sempre se apoiava nos estudos do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) para engrossar o coro pela valorização do salário mínimo, que para os petistas de outrora sempre estava muito aquém das necessidades do trabalhador. Na segunda-feira (7), o mesmo Dieese divulgou os resultados da Pesquisa Nacional da Cesta Básica, que aponta que o salário mínimo no mês de abril deveria ser de R$ 2.329,35, pois só assim o trabalhador conseguiria enfrentar todas as despesas do cotidiano.

Muito estranhamente, os petistas de agora simplesmente fingem que o Dieese não existe. O pior é que esses paladinos defendem a tese de que o salário mínimo, atualmente valendo míseros R$ 622, representa um enorme ganho para a classe trabalhadora.

De acordo com o Dieese, o trabalhador comum deveria receber 3,74 vezes o que recebe atualmente. Acontece que o governo do PT ignora um dado do IBGE, que afirma que 72% dos trabalhadores ganham até dois salários mínimos. A situação fica ainda mais crítica quando nos deparamos com a informação, também do IBGE, que um terço da população recebe apenas e tão somente um salário mínimo.

Para provar o estrago patrocinado pelo messiânico Luiz Inácio da Silva, basta conferir os preços dos alimentos, que segundo dados oficiais estão em queda. Em passado não tão distante, o toucinho, o popular e internacional bacon, era ingrediente fácil na cozinha do brasileiro. Agora, nesse país de todos e sem pobreza, um quilo de bacon (ou toucinho) pode custar até R$ 99, dependendo da marca e da proporção carne-gordura. O cenário fica ainda mais desesperador quando lembramos que a cerveja do final de semana encontrará dificuldades para ter a companhia do sempre presente torresmo.

Em pesquisa realizada em alguns supermercados da capital paulista, a reportagem, do ucho.info encontrou preços dispares, mas até mesmo o mais barato é proibitivo para quem ganha um salário mínimo. O quilo do toucinho, que dá um sabor ao feijão nosso de cada dia, não sai por menos de R$ 18. Com a devida licença do filósofo (sic) Lula, “nunca antes na história deste país” o feijão do dia a dia ficou tão sem sabor.