Com número menor de participantes, Parada Gay bloqueia a principal via de SP e coloca em risco a vida alheia

Parafuso solto – Sem a estimativa oficial da Polícia Militar paulista, a Parada Gay, que aconteceu na cidade de São Paulo no domingo (10), reuniu um número de participantes menor do que o esperado. Os organizadores do evento negam, mas a prova desse encolhimento surgiu com a liberação da Avenida Paulista muito antes do que nos anos anteriores.

Independentemente dessa polêmica a respeito do contingente de participantes, as autoridades deveriam proibir a realização de qualquer manifestação na Avenida Paulista, uma das mais importantes vias da capital dos paulistas.

Centro financeiro do País, a Avenida Paulista é a via de acesso aos dez mais importantes hospitais da cidade (Oswaldo Cruz, Beneficência Portuguesa, Santa Catarina, Emílio Ribas, Hospital do Coração, 9 de Julho, Sírio-Libanês, Instituto do Coração, Hospital das Clínicas e Instituto do Câncer de São Paulo). Bloquear a Avenida Paulista, independentemente do motivo, é promover um atentado contra o direito à vida. No momento em que uma vida está em jogo, segundos são preciosos e podem fazer a diferença.

A realização da Parada Gay impede o livre trânsito dos moradores dos prédios residenciais que existem na avenida, colocando sob risco os que eventualmente sofrerem algum problema sério de saúde e necessitarem de resgate médico. Há na cidade de São Paulo inúmeros locais para a realização de eventos dessa magnitude, como o Sambódromo, por exemplo, mas as autoridades temem contrariar o desejo de um segmento da sociedade que cresce diuturnamente.

Não se trata de colocar em xeque a orientação sexual do indivíduo ou ser contra a realização do evento, mas de exigir coerência e responsabilidade no trato da coisa pública, sem que uma parcela da sociedade seja prejudicada em detrimento de outra. Os homossexuais defendem com vigor e estridência o fim da homofobia, o que é justo, mas esquecem que o direito do próximo deve ser respeitado, na mesma forma e intensidade como eles exigem respeito.