Garrafas idênticas provocam troca de acusações e queda de braços no elegante mundo do champagne

Borbulhas da discórdia – Manda a cartilha do mundo das uvas que champagne deve ser tomado gelado, mas na região francesa homônima o tempo esquentou nos últimos dias. E não é por causa do verão que faz no hemisfério norte. O empresário francês Bruno Paillard, produtor de champagne, acusa em comunicado distribuído à imprensa local que a nova garrafa da concorrente Bollinger, lançada há dois meses, tem formato idêntico ao da usada pelo champagne que leva o seu nome.

“Nós sobrepusemos fotos das duas garrafas e elas são idênticas”, disse Paillard. “Claro que nós pediremos a opinião de um especialista, mas se ele disser que o modelo é exatamente o mesmo, começaremos um processo judicial contra a empresa, pois nossa garrafa é registrada em diversos países”, completou.

Bruno Paillard afirma que a Bollinger copiou o formato de sua garrafa e, se comprovada a semelhança, ingressará na Justiça contra a concorrente, já que a embalagem que é alvo de disputa tem o desenho registrado legalmente em diversos países.

A Bollinger se defende, alegando que a nova garrafa, lançada na Feira de Vinhos Internacional de Londres, em 22 de maio passado, foi inspirada em um modelo de 1846 encontrado na adega da empresa.

Os executivos da Bollinger garantem que a garrafa, que tem a base uma pouco mais ampla e o pescoço um pouco mais estreito, diminuirá o contato do oxigênio com o champanhe, diminuindo o ritmo de oxidação e o envelhecimento da bebida.

“Nós não queremos fazer nenhum comentário à forma do redesenhado da nossa garrafa. No entanto, como explicamos no dia do lançamento, queremos frisar o fato de que o desenho foi inspirado em uma das garrafas da nossa coleção das adegas, datada de meados do século XIX”, explicou a Bollinger em declaração à imprensa. Resta esperar para saber quem abrirá um champagne para comemorar a vitória.