Destaque da CPI dos Correios, ex-tucano Gustavo Fruet erra ao se aliar ao PT e sofre em Curitiba

Pela culatra – Sub-relator da CPI dos Correios e responsável pelo setor financeiro das investigações sobre o maior escândalo de corrupção do País, o Mensalão do PT, o ex-deputado federal Gustavo Fruet enfrenta dificuldades em sua tentativa de chegar a prefeitura de Curitiba. Até recentemente filiado ao PSDB, Fruet mudou-se para o PDT na esperança de comandar a capital dos paranaenses.

Estratégico, o erro tornou-se ainda maior quando Gustavo Fruet aceitou o apoio do Partido dos Trabalhadores, a quem prometeu a vaga de vice-prefeito na sua chapa. Ao estrear como deputado federal, Fruet circulou no Congresso Nacional como filho do saudoso Maurício Fruet, um dos hábeis e mais bem humorados políticos brasileiros. Contudo, não demorou muito tempo para Gustavo mostrar seu talento.

Anos mais tarde, Fruet conquistou um segundo mandato na condição de deputado federal mais votado da história do Paraná. O que se deu na esteira da fama conquistada como destacado integrante da CPI dos Correios. Em 2010, por muito pouco não chegou ao Senado Federal, tendo perdido a disputa para a petista Gleisi Hoffmann, atual chefe da Casa Civil da Presidência da República, que hoje apoia sua candidatura.

Antes de sair do PSDB, os tucanos paranaenses lhe ofereceram a vaga de vice na chapa do prefeito Luciano Ducci (PSB), que sucedeu Beto Richa na administração curitibana e tenta a reeleição. Mas o pedetista preferiu um voo solo. Já no PDT, Fruet se viu diante de composição política que poderia lhe garantir a vitória em outubro próximo. O deputado federal Ratinho Júnior queria ser candidato a vice na chapa de Gustavo Fruet, que preferiu manter o acerto com o PT. Nenhum partido político é uma reunião de monges tibetanos, mas em determinadas ocasiões é melhor conviver com o fogo amigo do que ser massacrado pelo adversário.

Nas recentes pesquisas de intenção de voto, cuja divulgação tentou impedir, o candidato pedetista é o terceiro colocado, atrás de Luciano Ducci e Ratinho Júnior, que está na dianteira. Na cidade que tem a “Boca Maldita”, local onde os curitibanos se reúnem para discutir política e outros temas polêmicos de forma acalorada, mudar de lado é a última atitude que um candidato deve fazer. A isso soma-se o fato de o PDT ter encolhido no Paraná depois dos seguidos fracassos de Osmar Dias, um apoiador de Lula de última hora, que simplesmente submergiu na política local.