PT precisa de humildade para aprender com os erros do escândalo do mensalão, afirmar líder do PPS

Lição de adversário – Em discurso na tribuna da Câmara nesta terça-feira (16), o líder do PPS, deputado federal Rubens Bueno (PR), afirmou que as condenações do Supremo Tribunal Federal (STF) no julgamento do Mensalão do PT deveriam servir para o partido repensar suas ações desde que assumiu o governo do País. “É uma oportunidade de mudança de tratamento com o Congresso, com os aliados e com a oposição. É hora de ser humilde, de reconhecer os erros, de fazer a mea culpa, e não de ataque contra as instituições republicanas”, avaliou o deputado.

No entanto, ressaltou Bueno, parece que os ensinamentos do STF não foram bem compreendidos pelo PT e por aqueles que, hoje, comandam o País do outro lado da Praça dos Três Poderes. Na ânsia de defender os petistas José Dirceu, José Genoino e Delúbio Soares, condenados pela Corte por corrupção ativa, o partido adota argumentos fora da realidade.

“A reação do PT, dos condenados e da Central Única dos Trabalhadores, a CUT, não podia ser pior. No melhor estilo ‘jus esperniandi’ saíram atacando a imprensa, a oposição, a entidade chamada por eles de “elite conservadora” e o próprio Supremo Tribunal Federal. Se dizem alvo de uma “ação orquestrada” dos meios de comunicação e da elite conservadora”, lamentou o deputado.

O líder do PPS alertou ainda que, em relação aos ataques à imprensa, a aleivosia do PT e aliados requer mais atenção. “As reiteradas iniciativas do partido com o objetivo de implantar o controle da mídia não podem prosperar. E, num ambiente de julgamento do mensalão, é bom que estejamos atentos para qualquer tentativa advinda do governo central e de seu partido majoritário com o objetivo de calar jornalistas”, disse.

Para o deputado, a mais alta Corte do país deixa clara a mensagem de que os poderosos não estão acima da lei e de que o uso da estrutura do estado com o objetivo de construir projetos de poder, com o desvio de dinheiro público para comprar partidos e apoio no Congresso, é crime e não deve e nem pode ser tolerado.