Porto Seguro: ex-marido de Rosemary e representante do MEC terão de explicar diploma falso

Confusão sem fim – O líder do PPS na Câmara, deputado federal Rubens Bueno (PR), apresenta nesta quinta-feira (29), na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle, requerimentos para ouvir José Claudio Noronha, ex-marido de Rosemary Nóvoa de Noronha, e um representante do Ministério da Educação (MEC).

O partido quer esclarecer o esquema montado no MEC para validar um diploma falso do companheiro da ex-chefe de gabinete da Presidência da República. A falcatrua permitiu que José Cláudio fosse nomeado para o conselho de administração de duas empresas do Banco do Brasil: a BB Seguros e a Brasilprev.

Toda a operação foi intermediada pelo ex-diretor da Agência Nacional de Águas (ANA), Paulo Vieira, que assim como Rosemary é apontado pela Polícia Federal como chefe da quadrilha que pagava propinas para fraudar pareceres em diversos órgãos do governo federal, visando beneficiar empresas privadas e políticos. O caso foi revelado nesta quinta-feira pelo site da revista Veja.

José Claudio Noronha é mais um elo do esquema criminoso que atingiu a Presidência da República. Por meio de tráfico de influência da quadrilha, ele conseguiu uma vaga de suplente do Advogado- Geral da União, Luís Adams, no Conselho da Brasilprev. Após a imprensa procurar o Banco do Brasil para esclarecer o caso, o ex-marido de Rosemary foi afastado. Além da vaga nos dois conselhos, ele também é secretário especial da Infraero em São Paulo.

“Nós já pedimos a convocação de Rosemary e agora queremos ouvir seu ex-marido, que foi claramente beneficiado pelo esquema criminoso. Essa quadrilha não tinha limites. Para conseguir boquinhas no governo valia até falsificar diploma de ensino superior e usar a estrutura do MEC. Esperamos que nossos pedidos sejam aprovados na próxima semana pela comissão”, afirmou o líder do PPS.

Rubens Bueno lembrou também que todo o esquema envolve pessoas intimamente ligadas ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Rosemary é íntima de Lula, com quem trabalhou desde 2003. Agora sabemos que ela conseguiu apoio do MEC, na época comandado pelo prefeito eleito de São Paulo, Fernando Haddad, para chancelar um diploma falso de seu ex-marido. Com isso, arrumou vagas para ele em conselhos do Banco do Brasil controlados pelo PT. Isso mostra que para os petistas não existem escrúpulos quando o objetivo é aparelhar o estado”, finalizou o deputado.