Sérgio Cabral não comenta a ação deliberada de bandidos no entorno do local que abriga o “Rock in Rio”

Bico fechado – Quando dirigentes da FIFA visitaram o Rio de Janeiro para escolher a sede provisória da entidade durante a Copa de 2014, o prefeito da capital fluminense, abusando do seu conhecido viés galhofeiro, apontou para a Baía da Guanabara e disse: “Chinelada na paulistada. É humilhante… Mostro a vista e mostro um negócio desses. Vai levar o que pra São Paulo?”.

É importante que o prefeito carioca e seu padrinho político, o governador Sérgio Cabral Filho, saibam que não é apenas com paisagem que se governa. É preciso muito mais do que a pródiga natureza.

Nos três primeiros dias do “Rock in Rio” – de sexta-feira (13) a domingo (15) – ocorreram na chamada “Cidade do Rock”, de acordo com registros da Polícia Civil, 254 furtos, dez roubos e nove extravios de documentos. Muitas das vítimas tiveram os ingressos roubados por marginais especializados e ligados a cambistas, que em seguida vendiam as entradas, na porta do evento, por até R$ 1 mil.

A Polícia Civil fluminense montou uma delegacia móvel no Riocentro para facilitar o registro de boletins de ocorrência das vítimas dos que foram ao evento, mas problemas na internet dificultaram o trabalho dos policiais. De acordo com a assessoria da corporação, nesses três dias de evento houve quedas de energia e falha na conexão de internet, obrigando as vítimas a esperarem mais do que o previsto.

Até agora, como é normal quando ocorre algum contratempo no Rio de Janeiro, o governador Sérgio Cabral e o prefeito Eduardo Paes ainda não se pronunciaram sobre a ação dos deliquentes no entorno da Cidade do Rock. Resta saber se é exatamente esse cenário que Paes tem para mostrar aos que foram ao Rio por causa da Copa. É bom lembrar que durante o torneio mundial de futebol a situação deve ser ainda pior. Quando 2014 chegar…