Ibope: Dilma registra avanço questionável, mas Aécio sobe mais, seguido por Eduardo Campos

presidenciaveis_06Muita calma nessa hora – A mais recente pesquisa Ibope sobre a sucessão presidencial, divulgada nesta quinta-feira (22), mostra que diminuiu o contingente de votos brancos e nulos, que até no último levantamento registrou o índice mais elevado da recente história política. Há quem credite essa mudança aos programas partidários na rede de rádio e televisão, mas tudo indica que os muitos escândalos do desgoverno de Dilma Vana Rousseff tiveram peso decisivo. Ou seja, é grande, entre os brasileiros, o desejo de mudança no comando do País.

De acordo com o instituto de pesquisa, o tucano Aécio Neves (MG) saltou de 14% para 20%, enquanto o pernambucano Eduardo Campos (PSB) subiu de 6% para 11%. Candidata à reeleição e enfrentando uma grave e múltipla crise – econômica, política e institucional -, Dilma também registrou alta na pesquisa, pulando de 37% para 40%.

Na opinião do ucho.info, a subida de Dilma ocorreu no máximo dentro da margem de erro da pesquisa, que é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, não como sugere o Ibope, que credita à petista alta de três pontos percentuais. Isso significa que a presidente ficou praticamente estacionada em relação à pesquisa anterior. Ademais, se alguma oscilação positiva ocorreu de fato no caso da candidata do PT, isso se deve ao fato de que o partido, tomado pelo desespero, ressuscitou a velha tática das campanhas anteriores: a mentira em série.

É importante destacar que a pesquisa de opinião em questão foi realizada entre os dias 15 e 19 de maio, ao passo que o PT levou ao ar, no dia 13, o programa chicaneiro e covarde com o mote “O Brasil não quer voltar atrás”, tentativa rasteira de convencer o eleitor de que uma vitória da oposição significaria o fim do programa Bolsa Família ou o retorno do desemprego, por exemplo. Vale destacar que em nenhum momento os candidatos de oposição falaram em acabar como Bolsa Família, que na interpretação deste site precisa ser repaginado, pois nos moldes atuais em nada contribui para a evolução da parcela mais carente da população.

Horas após a divulgação da pesquisa, um conhecido e experiente político telefonou ao editor do ucho.info para saber “quanto custou ” ao governo o levantamento que registrou avanço de Dilma. O questionamento é tão lógico quanto simples, pois Dilma tem sido vaiada em nove entre cada dez destinos de sua peregrinação pelo País. Ora, se o Brasil exige mudanças e a presidente é constantemente vaiada, não há razão para que a pesquisa traga um dado como esse.

Em relação aos principais candidatos que fazem oposição do Palácio do Planalto, o senador Aécio Neves foi o que mais cresceu, com seis pontos percentuais de avanço, como já mencionamos. O tucano vem colocando em prática o jeito mineiro de fazer política, algo que os brasileiros não conhecem a fundo, mas que passarão a decifrar a partir do momento em que a campanha entrar na fase oficial.

No tocante a Eduardo Campos, que tem boa aceitação no Nordeste, a sua subida é considerada boa – seis pontos percentuais -, mas a grande pedra no caminho do ex-governador de Pernambuco é sua candidata a vice, Marina Silva. Fundadora do Partido dos Trabalhadores e muito ligada a Lula, Marina Silva pode, em eventual segundo turno, ser o Cavalo de Troia do ex-presidente. No caso de manter sua postura em relação ao PSDB, Marina deve liberar seus eleitores no segundo turno, o que mostra que seu discurso de mudança e oposição não passa de mero embuste.

A ex-petista fracassou na tentativa de fundar um novo partido, a Rede Sustentabilidade, e por isso acabou aterrissando na campanha de Eduardo Campos, mas vem impedindo coligações do PSB com os tucanos no âmbito dos estados. Tal decisão revela sua preocupação em lançar candidatos próprios aos governos estaduais, situação que permite a Marina eleger deputados estaduais e federais, que mais tarde migrarão para a Rede.

Diante dos dados da pesquisa divulgada pelo Ibope, manteve-se a possibilidade de a sucessão presidencial ser decidida em segundo turno. De tal modo, nas simulações de um segundo round, Dilma registrou os mesmo 43% das intenções de voto revelados na pesquisa de abril. Aécio, por sua vez, oscilou para cima e saltou de 22% para 24%. No caso de o adversário da presidente ser Eduardo Campos, o pernambucano, fosse hoje a eleição, teria 22%, contra 17% da pesquisa anterior. Já Dilma teria 42%. De novo esse favoritismo de Dilma, no segundo turno, não coaduna com as manifestações populares que espocam em todos os rincões verde-louros.

Em suma, para finalizar, os eleitores querem não apenas mudanças no comando da nação, mas principalmente sacar do poder um partido que nos últimos onze anos e meio revelou sua vocação para o banditismo político, sem contar a inoperância e a incompetência do governo.

A situação de Dilma Rousseff é tão preocupante, em especial aos palacianos, que até mesmo integrantes da mídia amestrada, a chamada imprensa chapa branca, já fazem piada sobre a presidente, em público e sem constrangimento algum.