Dilma anuncia investimentos em mobilidade urbana em SP no dia em que Haddad ampliou o rodízio

fernando_haddad_42Face lenhosa – Nada é pior para uma nação do que um governante incompetente e cujo partido ignora o planejamento. Com o devido alarde, a presidente Dilma Rousseff aterrissou nesta quinta-feira (26) em São Paulo, onde participou de evento para anunciar investimentos do PAC2 da Mobilidade Urbana.

Ao lado do igualmente incompetente Fernando Haddad, o segundo poste de Lula, a presidente abusou do desvario e não economizou palavras para destilar o ufanismo oficial. Em determinado trecho do seu discurso, que nem de longe traduz a realidade, mas serve como palanque de campanha, Dilma disse: “E, obviamente, mobilidade urbana é ficar 4 horas num transporte, principalmente quando as cidades se conurbam. Uma parte da sua vida é passada dentro do transporte. São os congestionamentos e os problemas de tráfego. Então, encarar a questão urbana é encarar esses três elementos, para não dizer um terceiro, que não é bem na área da infraestrutura, mas é bastante grave, que é o da segurança”.

Pois bem, se Dilma não entende coisa alguma sobre mobilidade urbana, Fernando Haddad muito menos. Em relação a Lula, esse assunto simplesmente inexiste, pois para o alarife um país desenvolvido é aquele em que o pobre tem um carro na garagem e um enorme carnê vencido no criado-mudo.

Tão logo assumiu a prefeitura da mais importante cidade brasileira e a quarta maior do planeta, Haddad descobriu a fórmula mágica para solucionar o problema da mobilidade urbana: uma brocha e uma lata de tinta branca. A partir dessa aquisição, fácil foi criar corredores exclusivos de ônibus em muitas ruas e avenidas da capital paulista, sem se preocupar com o planejamento e o impacto da medida. O trânsito, que já era ruim, ficou ainda pior.

Fernando Haddad, que não aceita as críticas deste site, de novo inovou em relação à mobilidade urbana. Sem respeitar o direito constitucional de ir e vir do cidadão, o alcaide paulistano decidiu estender o horário do rodízio de veículos nesta quinta-feira, sem avisar com a devida antecedência aos proprietários de carros com placas finais 7 e 8. Bastou uma ideia esdrúxula e uma canetada oficial para que os paulistanos fossem vilipendiados em seu direito mais básico: o de ir e vir.

A alegação do prefeito para a adoça da medida é que a cidade será palco de um importante jogo válido pela Copa do Mundo, talvez a partida mais esperada em toda a história do futebol: Bélgica e Coreia do Sul. O confronto entre as duas seleções acontecerá na Arena Corinthians, na Zona Leste paulistana, mas toda a cidade está proibida para parte da frota de veículos, das 7 horas da manhã às 8 horas da noite.

O caos no trânsito da capital paulista cresceu nos últimos anos por obra e graça de Luiz Inácio da Silva, o lobista de empreiteira, que reduziu o IPI sobre os automóveis sem se preocupar com as consequências de tão insana medida. Embalados pelo crédito fácil e acreditando na teoria burra de que chegou a vez dos trabalhadores, os brasileiros saíram às compras no melhor estilo “estouro da boiada”.

Que o Brasil é o país da piada pronta todos sabem, mas é inimaginável que alguém tomado pela ignorância receba títulos de doutor honoris causa, que uma incompetente tenha chances de se eleger e que um despreparado se instale no comando da maior cidade verde-loura. Enfim, como disse certa feita um conhecido e gazeteiro comunista de boteco, “nunca antes na história deste país”.

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