Estudante de 14 anos é morto durante protestos na Venezuela

(Jorge Silva - Reuters)
(Jorge Silva – Reuters)
Ditadura bolivariana – Um estudante de 14 anos morreu na terça-feira (24) após ter sido baleado na cabeça durante manifestação na cidade venezuelana de San Cristóbal, no estado de Táchira, onde no em 29014 se iniciaram os protestos contra o governo do país. A morte do estudante deve elevar a tensão na Venezuela, que enfrenta uma crise econômica e uma ofensiva do governo contra a oposição política.

Investigações preliminares sugerem que o estudante foi ferido durante um confronto entre a polícia e manifestantes, e morreu no caminho ao hospital, de acordo com o presidente da Comissão de Direitos Humanos de San Cristóbal, José Vicente Garcia.

Nas redes sociais transitam uma foto e um vídeo do estudante deitado em uma poça de sangue, com sua mochila pendurada no ombro, enquanto um homem tenta freneticamente estancar o sangramento.

Enquanto autoridades locais alegaram que o jovem se encontrava no meio da manifestação, realizada perto das instalações da Universidade Católica de Táchira, a impressa local publicou que o estudante não estaria participando, mas, sim, nas imediações dos protestos.

A procuradoria-geral da Venezuela disse que está preparando uma acusação contra um policial de 23 anos “por seu envolvimento suspeito na morte” de um estudante do ensino médio.

Em uma declaração transmitida pela televisão venezuelana, a ministra do Interior do país, Carmen Meléndez, prometeu que o governo vai perseguir o assassino do jovem “incansavelmente”, e disse que um membro da polícia nacional já teria confessado a culpa no caso.

“Paz e tranquilidade, é o que queremos no país. Todo funcionário que viola a lei será colocado sob custódia do Ministério Público. Aqui não haverá impunidade, em nenhum caso. Nós garantimos os direitos humanos”, disse Meléndez.

No ano passado, a Venezuela foi abalada por uma onda de violência em protestos contra o presidente Nicolás Maduro e em protestos contrários de manifestantes pró-governo. Os confrontos deixaram 43 pessoas mortas, entre fevereiro e maio.

Já as manifestações nas últimas semanas têm sido muito menores, após o ministro da Defesa ter autorizado, em janeiro, o uso de força letal para manter a ordem pública. (Com agências internacionais)

apoio_04