Bradesco está disposto a pagar até R$ 10 bilhões pela operação brasileira do HSBC

hsbc_06Dinheiro de sobra – De acordo com informações da Agência Estado, o Bradesco poderá desembolsar até R$ 10 bilhões para adquirir a operação do HSBC no Brasil, superando as propostas do Itaú Unibanco e do Santander.

Há cerca de duas semanas, os três bancos enviaram propostas, dentro do intervalo sugerido pelo Goldman Sachs, assessor da operação, de R$ 8 bilhões a R$ 12 bilhões, e foram para a fase seguinte da disputa pelo ativo.

Por oferecer o maior lance, o Bradesco dispara como favorito a levar o ativo. O Santander teria ofertado entre R$ 9 bilhões e R$ 10 bilhões, enquanto o Itaú apresentou proposta de aproximadamente R$ 8 bilhões.

De acordo com um executivo do mercado financeiro, na próxima semana começam as apresentações com os três bancos que foram para a reta final da disputa.
É importante ressaltar que apesar do grande interesse dos estrangeiros de entrar no Brasil, principalmente os chineses, nenhum passou para essa etapa.

Quem vencer irá para a final para negociar a compra do HSBC Brasil com exclusividade, quando ocorre o processo de “due diligence” (investigação e auditoria das informações). São cerca de R$ 168 bilhões em ativos e um patrimônio líquido de R$ 9,732 bilhões.

Terá peso nas negociações, de acordo com executivos com conhecimento no assunto, principalmente o preço. Fontes acreditam que o momento que o HSBC Brasil atravessa, com rentabilidade negativa e necessidade de ajustes em sua operação de varejo, tende a pressionar o valor para baixo. Porém, resta a dúvida de quem arcará com os custos das demissões que geralmente ocorrem em processos de M&A, isto é, fusão e aquisição.

Para o Bradesco, adquirir o ativo significa eliminar a distância de ativos erguida em relação ao seu principal concorrente, o Itaú, desde a fusão com o Unibanco. Se comprasse o HSBC Brasil, considerando dados do primeiro trimestre, ultrapassaria R$ 1,2 trilhão em ativos e ficaria perto do R$ 1,295 trilhão do Itaú ao fim de março.

“Acho o Bradesco mais provável porque seria muito difícil o HSBC Brasil aceitar a proposta de um concorrente em outros países”, indica uma das fontes. (Por Danielle Cabral Távora)

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