Covid-19: Brasil ultrapassa 4 milhões de casos e 123 mil mortes, mas Bolsonaro disse ser “gripezinha”

 
Enquanto o governo se desdobra para explicar a absurda declaração do presidente Jair Bolsonaro de que ninguém será obrigado a se vacinar contra a Covid-19, palavrório que reforça sua irresponsabilidade genocida, a pandemia do novo coronavírus continua fazendo estragos Brasil afora.

Nesta quarta-feira (2), o Brasil alcançou a impressionante marca de 4.001.422 casos confirmados de Covid-19. Nas últimas 24 horas, foram registradas 48.632 novas infecções e 1.218 mortes pelo novo coronavírus. Com isso, o total de óbitos pela doença chegou a 123.899. As informações são do consórcio de veículos de imprensa, com base em dados das secretarias estaduais de Saúde.

No começo da pandemia, em um dos seus rompantes negacionistas, Jair Bolsonaro disse a apoiadores que na pior das hipóteses morreriam 800 pessoas em razão da Covid-19, usando como referência os óbitos provocados pela gripe H1N1 em 2019. Diante dos números atualizados, fica evidente que a Covid-19 está longe de ser uma “gripezinha” ou um “resfriadinho”, como sugeriu o presidente da República.

 
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De acordo com dados coletados até as 20h desta quarta-feira, a média de mortes nos últimos sete dias é de 878, o revela estabilidade em relação a óbitos, mesmo que em patamar elevado.

O Brasil tem índice de 59,1 mortos por 100 mil habitantes. Os Estados Unidos, que têm o maior número absoluto de óbitos por Covid-19 em todo o planeta, e o Reino Unido têm 56,8 e 62,6 mortos para cada 100 mil habitantes, respectivamente.

O México, que ultrapassou o Reino Unido em número de mortos, tem 51,7 mortes para cada 100 mil habitantes. A Índia, com 66.333 óbitos, também passou o Reino Unido em números vítimas fatais em decorrência da Covid-19.

Na Argentina, onde a pandemia foi oficialmente constatada nove dias depois de desembarcar no Brasil e que adotou quarentena muito mais rígida, o índice é de 20,2 mortes por 100 mil habitantes.

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