Covarde, Bolsonaro alega compromissos para não participar da posse de Fachin como presidente do TSE

 
Ao longo da campanha presidencial de 2018, o UCHO.INFO afirmou em várias ocasiões que o então candidato Jair Messias Bolsonaro era incompetente e desprovido de estofo para cargo de tanta importância e responsabilidade. Afirmamos na sequência, desde o fim das eleições até hoje, que Bolsonaro se recusou a descer do palanque, o que explica o crescente descrédito de um governo pífio e populista.

Sem saber o significado de chefe de Estado, Bolsonaro não aceita ser contrariado, perfil típico de ditadores. Nesta terça-feira (22) dia em que o ministro Luís Edson Fachin assume a presidência do Tribunal Eleitoral (TSE), Bolsonaro decidiu não participar da cerimonia virtual. O cerimonial do Palácio do Planalto informou ao TSE que no horário do evento (19 horas), o presidente da República tem outro compromisso na agenda.

Trata-se de uma ruidosa mentira, pois o último compromisso oficial de Jair Bolsonaro, de acordo com a agenda presidencial, está previsto para terminar às 16 horas, ou seja, três horas antes da posse no TSE. O tal compromisso é uma reunião com o advogado-geral da União, Bruno Bianco Leal, que defende o governo e o presidente não com base na lei, mas de acordo com os interesses espúrios de Bolsonaro.

A decisão de não participar da cerimonia do TSE acontece após a retomada de ataques e a ameaças ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ao TSE, bem como a seus ministros, chamados por Bolsonaro na última semana de “adolescentes”.

 
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“Nós vemos que exatamente alguns do Supremo, a minoria do Supremo, é que age na contramão da nossa Constituição. E ali a mensagem clara que fica é que eles têm partido político.”

“Não querem o Bolsonaro lá e querem o outro, que esteve há pouco tempo no xadrez, no xilindró”, disse Bolsonaro em entrevista à rádio Jovem Pan, que rasgou sua história como veículo de comunicação para defender um governante que flerta diariamente com o autoritarismo.

Quem conhece Bolsonaro de perto sabe que trata-se de um covarde que tenta exalar valentia com ameaças torpes, as quais sequer se aproximam do campo da realidade.

Para se ter ideia do perigo que o Brasil corre tendo seu destino nas mãos de alguém como Bolsonaro, o general da reserva Carlos Alberto dos Santos Cruz, ex-ministro-chefe da Secretaria da Presidência, em artigo publicado no último domingo (20), chamou o presidente de “estelionatário eleitoral”, “traíra”, “despreparado” e “fanfarrão”.

No final de janeiro, em entrevista à revista IstoÉ, Santos Cruz não economizou palavras e chamou Bolsonaro de “criminoso”, “traidor”, “canalha” e “covarde”.

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