Ainda ministro da Economia, o picaresco Paulo Guedes, durante evento em Belo Horizonte, nesta quarta-feira (26), novamente recorreu ao discurso debochado para defender uma política econômica pífia, a inocuidade do governo e o golpismo fermentado pelo presidente da República.
Diante de empresários mineiros dos mais distintos setores, Guedes debochou de Henrique Meirelles, cotado para assumir a pasta em eventual governo Lula, e disse que o ex-presidente do Banco Central não é economista.
Apelidado por Jair Bolsonaro como “Posto Ipiranga”, o ministro da Economia usou o palavrório burlesco para justificar a decisão do governo de “furar o teto de gastos”, especialmente no caso do pagamento dos benefícios sociais usados para a compra de votos.
A incompetência de Paulo Guedes, como se sabe, é devastadora. A inconstitucional PEC Kamikaze, cuja aprovação só foi possível à sombra da corrupção
Na esteira de aplausos da plateia, como sempre subserviente, Paulo Guedes retomou o discurso com um deboche à forma como Meirelles fala. “Ele fez um teto, passou anos falando ‘oh, porque estão furando meu teto’ [imitando a pronúncia do ex-ministro]. Ele fala embolado, né?”, afirmou em meio a risadas dos presentes. “Já anunciou que vai entrar furando”, completou.
Paulo Guedes não veria se importar com a forma como determinada pessoa fala, mas, sim, com o desastre em que se transformou a política econômica do pior governo de todos os tempos.
Em vez de falar repetidas vezes que a economia brasileira está “bombando”, o que não é verdade, o ministro poderia se preocupar com a tragédia social que avança Brasil afora. De nada adianta responsabilizar a pandemia de Covid-19 e a guerra na Ucrânia pelas dificuldades econômicas enfrentadas pelos brasileiros, em especial os mais pobres.
Paulo Guedes é um incompetente renomado e preconceituoso que abusa das declarações absurdas e desconexas para justificar seu pomposo fracasso como ministro da Economia. O titular da pasta pode até se amparar na zombaria para desqualificar Henrique Meirelles, mas uma simples comparação de currículos é suficiente para provar que o tal “Posto Ipiranga” não passa de uma mambembe borracharia de beira de estrada.
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