Criminoso, Bolsonaro precisa ser processado com o rigor da lei por não determinar desobstrução das estradas

 
Reiterando o que temos afirmado em várias matérias, o presidente Jair Bolsonaro, que fracassou em sua tentativa de reeleição, mantém silêncio de mais de 40 horas após o anúncio do resultado da eleição presidencial, na noite de domingo (30).

Ao não reconhecer o resultado da disputa pela Presidência da República, Bolsonaro incentiva o movimento de criminosos caminhoneiros bolsonaristas que bloqueiam estradas em todas as regiões do País em protesto contra a eleição do petista Luiz Inácio da Silva.

A paralisação das estradas já provoca a falta de combustíveis em muitas cidades brasileiros, assim como compromete o abastecimento de oxigênio em hospitais e clínicas médias e a entrega de insumos para a produção de medicamentos e vacinas. Além disso, dentro de algumas horas os supermercados começarão enfrentar problemas na reposição de mercadorias, prejudicando a população de maneira geral.

A omissão de Bolsonaro diante do resultado da eleição configura incentivo à conspiração contra a democracia, que o presidente disse respeitar. Quem conhece o chefe do Executivo e sua polêmica trajetória política sabe que esse discurso é mentiroso e só serve aos convertidos ao bolsonarismo.

Mais uma vez destacamos que Bolsonaro usa o movimento dos caminhoneiros, engrossado pela presença de radicais bolsonaristas, como pano de fundo para um golpe que não será aceito pelas instituições e pela maioria da sociedade, mas que poderá culminar em tragédia. Afinal, os apoiadores do presidente continuam desfiando a lei e intimidando e ameaçando os eleitores do presidente eleito Lula.

 
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Jair Messias Bolsonaro age como chefe de organização criminosa ao não se pronunciar diante do avanço do caos nas estradas e nas grandes cidades. O presidente precisa ser processado criminalmente e com o rigor da lei, pois um país não pode parar por conta de um golpista conhecido que não aceita ser contrariado.

Não fosse movido pela covardia e pelo golpismo, o presidente já teria determinado à Polícia Rodoviária Federal (PRF) para desobstruir as estradas e demitido a direção da corporação, a começar pelo irresponsável diretor-geral Silvinei Vasques, um dos aloprados do bolsonarismo. Ademais, Bolsonaro já teria demitido o ministro da Justiça, o sabujo Anderson Torres, que está de braços cruzados diante do caos.

Em entrevista coletiva concedida em Brasília, o diretor-executivo da PRF, Marco Territo, disse aos jornalistas que os policiais rodoviários precisam agir com parcimônia ao abordar os criminosos caminhoneiros. Para justificar a ausência de Torres e Vasques na entrevista, Territo disse que ambos estão cuidado do “planejamento e lapidação do planejamento, visando a desobstrução das rodovias federais”.

O diretor-executivo da PRF deveria lidar com os caminhoneiros bandoleiros com a mesma parcimônia dispensada pela corporação a Genivaldo de Jesus dos Santos, morto por asfixia em Umbaúba (SE) por dirigir sua motocicleta sem capacete.

Em qualquer país minimamente sério e com autoridades respeitadoras da lei e imbuídas de suas respectivas obrigações, Anderson Torres, Silvinei Vasques e Marco territo já estariam presos. Infelizmente, o Brasil não é sério e as autoridades nacionais tergiversam diante de um golpista miliciano.


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