Ao autorizar a Operação Venire, da Polícia Federal, o ministro Alexandre de Moraes (STF) determinou que fossem apreendidos o passaporte e armas do ex-presidente Jair Bolsonaro, que está no foco de investigação sobre a inserção da dados sobre vacinação contra Covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde. A ação criminosa, coordenada pelo tenente-coronel Mauro Barbosa Cid, era do conhecimento de Bolsonaro.
Moraes determinou a apreensão de “armas, munições, computadores, passaporte, tablets, celulares e outros dispositivos eletrônicos” dos 16 implicados no escândalo, seis dos quais estão presos.
Durante o cumprimento do mandado de busca e apreensão na casa de Bolsonaro, em Brasília, os policiais não apreenderam o passaporte, mas horas depois o documento foi retido.
Logo após a operação da PF, Jair Bolsonaro afirmou que cancelaria viagens agendadas para os próximos dias para cuidar da sua defesa. O ex-presidente viajaria nos próximos dias para Portugal, onde era esperada sua participação em evento da extrema-direita internacional.
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O encontro, batizado como “Cimeira Mundial da Direita”, que aconteceria nos dias 14 e 15 de maio, foi adiado, conforme explicaram os organizadores do evento.
O problema maior para Bolsonaro não é deixar de participar do encontro dos extremistas de direita, mas ser impedido de entrar nos Estados Unidos por uso de documento falso.
Se a Justiça americana entender que, por permanecer no país com um certificado de vacinação falso, Jair Bolsonaro cometeu algum crime, poderá abrir investigação em seu próprio território. No caso de ser condenado, o ex-presidente não será extraditado, uma vez que o Brasil não extradita seus nacionais.
Classificada como “esculacho” pelos bolsonaristas, a começar pelos filhos do ex-presidente, a decisão de Moraes mandou por terra as primeiras declarações de Bolsonaro após a operação policial, quando negou mais uma vez ter se vacinado contra Covid-19 e disse que de sua parte não ocorreu qualquer adulteração ou fraude. Ciente da operação criminosa, como prova a investigação da PF, Bolsonaro jogou a responsabilidade para os assessores.
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