Time completo – Santos Futebol Clube e Peñarol venceram a partida de ida das semifinais da Copa Libertadores da América e agora buscam um empate nesta semana para chegar à decisão. Mas Cerro Porteño e Vélez Sarsfield sabem que a desvantagem é pequena e apostam no apoio das torcidas para reverter o quadro.
O plano do Santos era aproveitar o jogo no Pacaembu para conseguir uma vitória sem levar gols. E o 1 a 0 no placar parecia estar de acordo com suas intenções. Parecia, não fosse uma chance incrível desperdiçada por Alan Patrick nos últimos instantes do duelo com o Cerro Porteño. A vantagem foi comemorada com moderação: afinal, o grupo de Muricy Ramalho sabe que a vaga na decisão não virá com facilidade.
Em Assunção, os dois clubes se enfrentarão pela quarta vez nesta Libertadores. Por enquanto, vantagem do Santos com duas vitórias, uma delas no Paraguai, em jogo que definiu sua sobrevida no fase de grupos. Um mês e meio depois, a equipe segue invicta na competição – só perdeu pelo Campeonato Brasileiro, com os reservas em campo – e vem sendo liderada por um Neymar em grande forma. Por outro lado, Paulo Henrique Ganso segue fora, enquanto Léo virou desfalque de última hora.
Já os paraguaios, que buscam sua primeira final no torneio, vão a campo com time completo e esperam encerrar a série de quatro jogos sem vitórias – três pelo Campeonato Paraguaio, também com os reservas. Uma força importante virá das arquibancadas, que teve o último dos seus 26 mil ingressos vendidos na terça-feira. A esperança dos comandados de Leonardo Astrada segue alta. “Queremos entrar para a história do clube e, para isso, não há outro caminho senão o da vitória”, disse o goleiro Diego Barreto.
No jogo Vélez Sarsfield e Peñarol há mais uma vantagem de 1 a 0 para um visitante defender. Depois de ter eliminado o atual campeão Internacional de Porto Alegre com uma vitória em pleno Beira-Rio nas oitavas de final e de, em seguida, passar pela Universidad Católica, o Peñarol bateu o time argentino em seus domínios com mais uma prova de futebol copeiro: com uma defesa mais confiante, aguerrida e um jogo aéreo forte, um trunfo e tanto especialmente contra um adversário que vem tendo dificuldade nas jogadas de bola parada. Além disso, o Manya também se destaca com investidas rápidas e bem armadas de contra-ataque.
Para lidar com esse adversário perigoso e evitar essas armas, o atacante Santiago Silva acredita que o Vélez, que ainda se segura na liderança do Clausura apesar de poupar seus titulares, deve tentar controlar o jogo com o que sabe fazer melhor – seu toque de bola -, sem precipitações. “Temos um estilo marcado, que sempre mantemos, mesmo quando perdemos”, disse o uruguaio. “Então, devemo segui-lo: manter a calma, sabendo que as oportunidades vão chegar. Temos 90 minutos para fazer o que precisamos”, afirma El Tanque.
