Valcke garante a realização de jogos da Copa em Curitiba, mas distribui broncas no PR

arena_baixada_02Cachimbo da paz – Secretário-geral da FIFA, Jérôme Valcke confirmou a cidade de Curitiba como cidade-sede da Copa do Mundo de 2014, cujo jogo de abertura está marcado para o dia 12 de junho, na Arena Corinthians, na capital paulista.

A ameaça em torno da participação de Curitiba estava atrelada ao atraso no cronograma das obras da Arena da Baixada, cuja reforma está ancorada em uma operação tripartite, em que a prefeitura da capital, o governo do Paraná e o Clube Atlético Paranaense, dono do estádio, dividem as despesas.

Após uma comissão de especialistas inspecionar o estádio, Valcke telefonou para o prefeito de Curitiba, Gustavo Fruet, fixando nova data para a entrega da Arena da Baixada: 15 de maio. Esse adiamento fará com que o estádio curitibano seja o último a ficar pronto, mais precisamente 28 dias antes do jogo de estreia da competição futebolística.

“Em 15 de maio teremos, sim, um estádio que não precisará de testes, um estádio que pode sediar um jogo da Copa imediatamente”, declarou Valcke, sendo que a primeira partida Copa programada para acontecer na Arena da Baixada, em 16 de junho, será disputada entre as seleções da Irã e da Nigéria. “Haverá atrasos, mas teremos o estádio pronto para Copa”, afirmou o dirigente da FIFA.

Até o anúncio de Jérôme Valcke, feito nesta terça-feira (18), o último estádio da Copa a ser entrega seria o Itaquerão, em São Paulo, do Sport Clube Corinthians Paulista, cujas obras devem ser concluídas em 15 de abril. O adiamento na entrega do estádio do alvinegro paulistano decorreu de acidente com um guindaste que causou a morte de dois operários, provocando um atraso de três meses no cronograma da obra.

Considerado mais moderno estádio do País até o início das atuais obras, a Arena da Baixada consumirá no total perto de R$ 400 milhões para abrigar apenas quatro jogos da Copa, o que dá a média de quase R$ 100 milhões por partida. Apesar do investimento injustificável, assim como nas outras onze arenas, qualquer dinheiro extra usado para acelerar as obras da Arena da Baixada será menor do que o montante que seria despendido para indenizar os torcedores que já compraram ingressos para os jogos e reservaram hoteis na Grande Curitiba. Sem contar as despesas de deslocamento das seleções para outra cidade brasileira.