FIFA confirma quatro candidatos à presidência da entidade máxima do futebol

joseph_blatter_21Dada a largada – A FIFA confirmou o recebimento de quatro candidaturas para a sua eleição à presidência, marcada para 29 de maio. Além do atual presidente, Joseph Blatter, estão no páreo o ex-jogador português Luis Figo, o presidente da federação holandesa, Michael van Praag, e o príncipe Ali bin al-Hussein da Jordânia, comunicou a comissão eleitoral nesta segunda-feira (2), em Zurique.

O francês Jérôme Champagne, que pretendia apresentar sua candidatura, desistiu por não ter o apoio de ao menos cinco federações, como exige o regulamento. Ele anunciou sua desistência pouco antes do anúncio oficial da FIFA. No fim de semana, o também francês David Ginola desistira pelo mesmo motivo.

Os quatro confirmados ainda passarão por avaliações de integridade, a serem conduzidas pelo comitê de ética da FIFA, anunciou a entidade máxima do futebol. Só depois desse procedimento serão anunciados os candidatos que disputarão a eleição. Os nomes deverão ser conhecidos até o dia 9 de fevereiro.

Blatter, de 78 anos, concorre ao quinto mandato. Ele comanda a FIFA desde 1998 e é o favorito na disputa, devendo angariar a maioria dos votos da Ásia, da África e da América do Sul. A UEFA, que tem 53 dos 209 votos, não declarou apoio a nenhuma candidatura.

Nos bastidores, comenta-se que os três rivais de Blatter são, extraoficialmente, os candidatos da UEFA, que está em confronto com a direção da FIFA depois do processo de seleção das Copas do Mundo de 2018 e 2022, destinadas à Rússia e ao Catar em meio a pesadas denúncias de corrupção.

Champagne referiu-se a esse conflito numa carta à imprensa, na qual dá a sua versão para o fracasso da sua candidatura. “O script das últimas semanas e meses deixa antever que candidatos substitutos disputarão as batalhas que outros não têm a coragem de disputar”, afirmou, numa clara referência ao presidente da UEFA, Michel Platini, que não vai concorrer contra Blatter.

O francês disse que não recebeu o apoio necessário porque as federações nacionais temem represálias das confederações. Segundo Champagne, “instituições se mobilizaram para eliminar o único candidato independente”. (Com agências internacionais)

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